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Livro Escritores da Periferia

Livro Escritores da Periferia
Uma produção dos alunos da escola Edílson Façanha

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Momento de avaliação

Como avaliar corretamente os alunos

Para que a avaliação seja mais eficiente no que se propõe, será necessário um equilíbrio entre julgamento e o uso de testes e medidas





Avaliação
Na pedagogia moderna, o ato de avaliar consiste em verificar se os alunos estão sendo realmente atingidos e em que grau se dá essa consecução 


Dentro de uma concepção pedagógica mais moderna, o aluno precisa participar da construção de seu próprio conhecimento. Nessa visão, em que educar é formar e aprender, construindo o próprio saber, a avaliação não se reduz apenas a atribuir notas. Se o ato de ensinar e aprender consiste na realização em mudanças e aquisições de comportamentos motores, cognitivos, afetivos e sociais, o ato de avaliar consiste em verificar se eles estão sendo realmente atingidos e em que grau se dá essa consecução, para ajudar o aluno a avançar na aprendizagem e na construção do seu saber.
Nessa perspectiva, “a avaliação assume dimensão orientadora, permitindo que o aluno tome consciência de seus avanços e dificuldades, para progredir na construção do conhecimento”, afirma a professora Rozimar Gomes da Silva Ferreira, do curso Avaliação do Aluno no Processo Educacional – Fundamental e Médio, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.

Ao avaliar o progresso dos alunos na aprendizagem, o professor obtém informações valiosas sobre seu próprio trabalho. Nesse sentido, a avaliação tem uma função de feedback, porque fornece ao professor dados para ele repensar e replanejar sua atuação didática, visando aperfeiçoá-la, de modo que seus alunos obtenham mais êxito na aprendizagem.

Qualidade e quantidade no processo avaliativo

Para que a avaliação seja mais eficiente no que se propõe, será necessário um equilíbrio entre julgamento e o uso de testes e medidas. Para isso devemos criar oportunidades para que qualidade e quantidade aconteçam no mesmo processo avaliativo, quando, por exemplo, nós temos uma equipe indo à cata de informações, fazendo entrevistas, construindo elaborações de texto, trabalhos de pesquisa em geral e levando isso para os colegas. Assim, nós temos a oportunidade de ver quanto conhecimento novo ele trouxe para aquela realidade, para aquela situação e com que qualidade isso aconteceu.

No entanto, é preciso cuidado, para não adotar posições extremas, considerando apenas os aspectos quantitativos ou apenas os qualitativos. A avaliação quantitativa é vista apenas como medida e, por isso, mal utilizada. Já a avaliação apenas qualitativa se perde na subjetividade de professores e alunos. A escolha da ferramenta de avaliação mais adequada constitui outra importante preocupação do professor, no processo de verificação da aprendizagem.
É preciso diversificar

Conforme o momento vivido pela turma, as características dos alunos e a sua situação na sala de aula, diferentes formas de avaliação podem ser utilizadas. Cada ferramenta vai se adequar mais a um ou a outro conteúdo abordado e a cada um dos estágios de ensino dos alunos a serem avaliados. Há várias ferramentas disponíveis para se proceder a uma justa avaliação! É preciso escolher e diversificar!

Diversificar instrumentos de avaliação é um passo muito importante, para melhorar o processo avaliativo. As provas tradicionais não avaliam corretamente todos os alunos, devido à diversidade cultural e às diferentes formas individuais de aprendizagem, sem contar que diferentes conteúdos merecem diferentes formas de terem a aprendizagem verificada.

As provas tradicionais nem sempre beneficiam a todos os alunos. Por isso, é aconselhável o uso sistemático de outros instrumentos e estratégias de avaliação, como relatórios, entrevistas, questionários, seminários, autoavaliação, monitoria, observações e testes.

Comunicação entre as partes

Outro aspecto importante na evolução da avaliação é a melhora na comunicação entre professores, alunos, pais e demais membros da comunidade escolar. Isso significa promover o envolvimento ativo dos alunos em todo o processo de avaliação, abrindo espaço para que eles possam refletir sobre sua participação no processo de construção do conhecimento, identificando seus pontos fortes e fracos. A ampliação da comunicação durante variadas atividades escolares abre espaço à reflexão.

A autoavaliação do aluno

Para que o potencial de cada aluno seja mais bem percebido, a vertente qualitativa da avaliação precisa ser valorizada, de forma a considerar atitudes, aspirações, interesses, motivações, modos de pensar, hábitos de trabalho e capacidade de adaptação pessoal e social do aluno. Neste contexto, a autoavaliação ganha importância.

O próprio julgamento do aluno sobre o resultado de sua aprendizagem o ajuda a identificar o que deve melhorar e a se esforçar para se superar e avançar. Entretanto, o aluno deve ser preparado para se autoavaliar, para ser crítico de si mesmo, em conformidade com os critérios e instrumentos de avaliação aplicados. Assim como o professor que, para conduzir o processo, também deve estar preparado.

Os processos de autoavaliação têm também uma grande importância para o desenvolvimento da desenvoltura do aluno, no momento de falar com tranquilidade para o professor e para seus colegas. A autoavaliação permite esse exercício quando o aluno pode expressar, com seriedade, sua visão a respeito de si próprio, suas ideias sobre o mundo que o cerca e como enxerga suas próprias relações com esse mundo.
Particularmente, as escolas que oferecem cursos profissionalizantes deveriam valorizar ainda mais a autoavaliação, concedendo oportunidades aos seus alunos para manifestarem suas crenças, avaliarem suas possibilidades de produtividade e crescimento pessoal e empresarial, a partir da formação que obtiveram.


A elaboração do instrumento para avaliar requer muitos cuidados, especialmente no que diz respeito às provas objetivas e dissertativas. Foto: reprodução 
Cuidados no preparo do instrumento

A elaboração do instrumento para avaliar requer muitos cuidados, especialmente no que diz respeito às provas objetivas e dissertativas. Assim, deve-se observar algumas características essenciais para se preparar uma boa avaliação. São elas:

Relevância: as questões são criteriosamente selecionadas em relação aos objetivos;
Equilíbrio: as várias dimensões do rendimento são proporcionalmente contempladas;
Eficiência: leva em consideração o tempo do professor para a preparação e correção e o tempo do aluno para a realização;
Objetividade: questões claras e respostas delimitadas. A prova deve ser objetiva, de modo que qualquer especialista que resolvê-la obterá o escore máximo;
Especificidade: a prova tem especificidade, desde que uma pessoa inteligente, que não domine o conteúdo, ao resolvê-la, obterá uma pontuação próxima do acerto, ao acaso;
Dificuldade: a prova não pode ser nem muito difícil nem muito fácil;
Discriminação: cada questão discrimina os alunos de maior e menor rendimento. A prova produz ampla distribuição das notas para alunos que diferem em rendimento;
Fidedignidade: a prova tem o mesmo resultado em relação a outro instrumento de medida igualmente válido;
Honestidade: cada aluno tem uma boa e igual chance de demonstrar o rendimento real;
Tempo ideal: a prova deve ser adequada ao tempo disponível.

Confira mais informações, acessando os cursos da área Metodologia de Ensino.

Por Andréa Oliveira





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